segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

4º dia - Relatos do Caminho da Fé - 29/01/2013

Origem: Casa Branca - SP
Destino: Águas da Prata - SP


Pedágio desativado - Entre Casa Branca e Vargem Grande do Sul
Acordamos cedo e saímos de Casa Branca por volta das 8h15. O dia estava meio nublado. Minha bike e a do Marcelo precisava de um ajuste no passador de marcha. No centro da cidade e no caminho a seguir, passamos por uma bicicletaria e um rapaz gente fina (na realidade ele pesava mais de 120 kg, pelo menos) fez os ajustes nas bikes. Passamos em uma padaria e compramos um pão-de-queijo bem recheado de queijo, é claro, e saímos pedalando e comendo. Seguimos pelo asfalto e cerca de uns 2 km depois pegamos a estrada de terra seguida por uma trilha no meio de um capinzal e plantação de milho. Como o seu Zé (caseiro do seminário) havia informado que não poderíamos seguir pela estrada de terra, pois no dia anterior choveu muito e nem a pé era possível passar por um trecho, pelos próximos 30 km pedalaríamos pela BR até chegarmos a Vargem Grande do Sul. A indicação era para seguirmos pela BR, passar por um posto de pedágio desativado. Logo a frente chegaríamos a vargem grande do sul. O trajeto pelo asfalto, apesar de longo, foi percorrido em menos de 2h30. Bom, pois dali para frente entraríamos na terra e pedalaríamos, pelos próximos 26km, subindo a serra. Na foto abaixo, pode-se ver a cidade lá na frente, e também pode-se visualizar a serra, no meio das nuvens, é isto mesmo!! 

Descida antes de chegar a Vargem Grande do Sul

Após passarmos por Vargem Grande do Sul, paramos em um posto para enchermos as garrafas de água e aproveitamos para pegar uma dica com o frentista de como chegar na estrada que nos levaria a serra. Depois da indicação do frentista, seguimos por cerca de mais uns 3 km até pegarmos a estrada de terra. Daí para frente só subimos. Nunca pensei que fosse capaz de pedalar por tanto tempo e só subindo. E não foi mole não. Em alguns momentos tivemos que empurrar a bike. Olhe só a foto abaixo. Haviam locais que realmente era impossível pedalar devido a inclinação da subida. Nestas situações, o melhor é empurrar mesmo.

Final da subida antes de chegar na pousada da Dona Cidinha 
Depois que quase 5 horas para pedalar 26 km chegamos no topo do cume. Saímos de uma altitude de 700mts e chegamos a 1663 mts. Para comprovar, olhe a foto abaixo. Me senti muito aliviado, pois daí para frente seria praticamente descida até chegarmos em Águas da Prata, que seria a última cidade do estado de São Paulo, antes de entrarmos no estado de MG.

Indicação da altitude

Antes de chegarmos em Águas da Prata - SP, passamos por São Roque da Fartura. Paramos na Igreja para darmos uma descansada e fazer uma pausa para oração também. Conhecemos muita gente simples neste caminho e fomos acolhidos pelo Maurício que estava dentro da Igreja. Nos contou alguns casos e que também já havia feito o caminho da fé a pé. Foi muito bom. Seguimos o trecho.

Igreja de São Roque da Fartura - SP

Como havíamos subido a 1663 mts, agora seria ora de descer. A altimetria indicava somente descida até Águas da Prata. Olha só a paisagem da descida. Estávamos contentes com a descida, porém no meio dela o Marcelo furou o pneu (único da viagem), e tivemos que parar para trocar. Ainda bem que nestas viagens levamos tudo. Trocamos o pneu e pronto. Antes de chegar em Águas da Prata, saímos na rodovia. Fomos surpreendidos com uma chuva daquelas. Ainda bem que havia um bom acostamento e estava claro. Mesmo assim a chuva foi intensa. Paramos no pedágio a 2 Km antes da cidade. O empregado ficou surpreso ao nos ver e veio conversar. 
Descida bem antes de chegar em Águas da Prata - SP
 Seguimos adiante e pegamos um descida daquelas. Neste trecho não havia acostamento e estava bem movimentado, ligamos as luzes de sinalização das bikes e descemos rodovia abaixo até chegarmos na pousada do peregrino sob uma forte chuva. Olha minha situação. Eu não estava de meia!!!rs. Não havia ninguém na pousada porém havia uma informação com um telefone. Ligamos no telefone indicado e dali uns 15 minutos a Dona Tina veio nos recepcionar. Lavei a bike, as luvas, a sapatilha. A dona Tina lavou todas as nossas roupas sujas. Foi a primeira vez durante a viagem!!Estávamos exaustos e com muita fome. Por sorte o bar do Esquinão estava aberto. A dona informou que só havia PF. Nunca comi um PF tão gostoso!!As 23H00 fui dormir....

Um comentário:

  1. Muito bom seu relato. Pena que faltaram os ultimos dias. Também moro em Brasília, pedalo com o Rebas do Cerrado e pretendo fazer o mesmo percurso agora na segunda quinzena de agosto saindo de Ribeirao Preto/Cravinhos. Gostaria de saber se seria possivel trocar algumas idéias com você. Vc me encontra no facebook com o nome Dalton Schneider e meu e-mail é daltonschneider@hotmail.com. Abçs

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